quinta-feira, 13 de novembro de 2014

E todos aqueles países e cientistas que falam da cura da AIDS?


O que a ciência diz sobre uma possível cura para a infecção por HIV? Depende.  Os cientistas mais renomados têm uma visão realista sobre o assunto. Eles dizem que estamos em uma contagem regressiva para a cura. Óbvio! Mas são reticentes quanto a possibilidade de encontrar uma forma de vacina em médio prazo. Existe a possibilidade de surgir algo novo em até 5 anos. Sim, existe. Mas seria algo que surpreenderia e teria provavelmente um longo caminho para chegar à população como vacina ou tratamento. Isso não significa que não possa acontecer uma exceção. Isso não significa que em dezembro não possamos ser surpreendidos com uma descoberta magnífica. Mas não está no roteiro. O meio acadêmico sério possui mais ou menos o conhecimento das diversas linhas de pesquisa de uma cura por meio de congressos, publicações e o famoso boca a boca. Então, o jovem cientista de uma renomada universidade do Brasil sabe ou tem ideia o que um renomado cientista está pesquisando em uma jovem universidade na Holanda. Porém devemos ver que a comunidade científica de ponta também trabalha com a competição e com o sigilo necessário. Esses são fatores a favor de uma descoberta menos esperada. Pois por mais altruísta que seja o cientista ele não vai colocar todas as cartas na mesa e perder a chance de ser o descobridor da cura para AIDS. Imagine. Fama instantânea e prêmios milionários em seu caminho.  Mas assim funciona o meio acadêmico sério. Do qual fazem parte os chamados cientistas sérios que seguem as cartilhas de segurança e regras internacionais para os seus procedimentos. Existe padrão para uma pesquisa passar de exclusivamente de laboratório,  para cobaias e para então seres humanos. O rigor ainda cresce de país para país. O que é imprescindível nos EUA, talvez não seja na Rússia. O que é vigiado na França, talvez corra solto na China. Em certos países, há uma tolerância com instituições de pesquisa que não seguem a cartilha da ética, por exemplo. Queremos uma cura assim? Não. Pode acontecer? A história da humanidade está ai para certificar que o desenvolvimento científico as vezes se deu em cima de muita atrocidade. Há ainda outro fator que pode contribuir para a surpresa. O acaso ou coincidência. A história da humanidade também tem vários exemplos de descobertas incentivadas pelo acaso. Um método aplicado errado que dá certo. Uma substância extraída da natureza. Um fator genético descoberto em uma pesquisa não relacionada ao HIV. Todos esses fatores se relacionam e estão por ai há produzir resultados. O próprio conceito de cura é revisto de tempos em tempos. Por exemplo, tomar uma pílula ou injeção por mês para deixar o HIV indetectável no sangue teria um impacto grande para toda a população em tratamento. Amanhã pode ser descoberta uma erva amazônica que previne 99,99% a chance de infecção. Ou até mesmo o tratamento ser incentivado para a população em geral, reduzindo drasticamente novas infecções. Esses três exemplos vem sendo estudados como medidas em busca de uma cura. Certas doenças desapareceram simplesmente por medida de higiene e controle de nova infecções. O não exclui a possibilidade de encontrarem uma cura da forma que todos esperam. Uma gota, pílula ou injeção e adeus HIV. A favor disso também há o avanço tecnológico. Daqui a cinco anos, nosso cientistas serão capazes de fazer coisas que os de hoje só sonham e que os de cinco anos atrás nem imaginavam. Nosso papel nessa corrida é nos manter o mais saudáveis possível e continuar a viver com qualidade. Estar pronto para cura será tão importante quanto tê-la. É preferível que cheguemos lá em nosso melhor possível e tendo nos ocupado da busca de uma vida feliz.

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