Muitas vezes eu assumo a estratégia de evitar um confronto direto com o assunto. Evito assistir filmes sobre HIV, entrar em discussões ou até pesquisar profundamente sobre certos assuntos. Ignorância "pode" ser uma benção. E talvez até exista um estudo por ai com esses dados. Mas o fato é que a doença parece sempre nos trazer a temporalidade da vida a todo momento. Não que antes isso não fosse um assunto delicado para mim. Aquela curiosidade pouco educada e mórbida sobre a causa da morte das pessoas parece aumentar.
Será que aquele menino do Facebook tinha o virus? Será que aquela doença é uma complicação da soropositividade? Será aquilo? Será isso?
E então uma notícia dessas passa como um peso diferente:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/04/16/menino-de-11-anos-agradece-juiz-por-poder-acompanhar-ultimos-dias-da-mae.htm
"A mulher foi detida várias vezes e voltou à prisão no começo de 2014. Portadora do vírus HIV e com um quadro grave de saúde, ela teve de ser internada."
Será que a saúde dela estava debilitada pelo virus? Pela má adesão ao tratamento? Por uso de drogas? Pelo tempo de contaminação?
A anta do jornalista não pensou sobre a sensibilidade de muitos contaminados ao escrever isso. Só se importou com a sensação da notícia para o público em geral. Sensacionalismo barato e desnecessário, talvez involuntário... Não apurou direito o assunto. Pode ajudar a muito infectados a ficar um pouco mais angustiado sobre a própria situação. Talvez o quadro de saúde da mulher não tenha absolutamente nada a ver com o fato de ser portadora de HIV. Ou talvez tenha de uma maneira específica e única da sua situação.
Ficaremos na dúvida até saber mais...
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